Seja na região Sul, Sudeste ou Nordeste brasileira, ao pescarmos na praia o encontro é praticamente certo com uma das espécies mais conhecidas do nosso litoral: a betara (Menticirrhus americanus), também conhecida como biterra, papa-terra ou perna-de-moça, tudo depende da região.

 

Um peixe que, apesar de não atingir porte avantajado (chega a pouco mais de 1 quilo e 50 centímetros), oferece boas fisgadas ao pescador.

A melhor época para pescar a betara é o período compreendido entre os meses de dezembro e abril.


Equipamentos:
de ação leve a média. Deve-se usar linha com 6 a 10 libras de resistência, ou espessura entre 0,16mm e 0,23mm, de monofilamento.

Os chicotes são confeccionados com linha de 0,45mm, usualmente com dois rotores.

Os anzóis são pequenos, entre os tamanhos 8 e 12. O modelo mais usado é o Maruseigo.


Dicas:

Peixe que fica no fundo e tem a boca voltada para baixo, a betara geralmente “entra” na pernada de baixo. Assim, pode-se também optar por um chicote de apenas um rotor, próximo ao chumbo, aumentando-se o comprimento da pernada para cerca de 50 centímetros. Para incrementá-la ainda mais, usa-se dois anzóis com distância de 5 centímetros entre si.

A betara normalmente enrola bastante a pernada durante a briga, deixando-a com bastante memória e embaraçada com o chicote. O problema pode ser resolvido usando-se linha de fluorcarbono ao invés de náilon comum.

Tenha sempre em mãos um “saca anzól”. É comum os exemplares menores “embucharem” os anzóis, o que dificulta sua retirada com as mãos.

 

Iscas: As betaras aceitam boa variedade de iscas, entre elas o camarão, o corrupto, o tatuí, a minhoca e o sarnambi. Mas nota-se melhor rendimento quando se usa o camarão.
Uma boa forma de iscá-lo é em filés, pedaços ou mesmo inteiro, sem cascas.

 

Dicas:
Quando o camarão é iscado inteiro, a casca é retirada com o auxílio de uma faca, através de um corte longitudinal feito nas costas do crustáceo.

Em seguida, passa-se o anzol na parte mais grossa (onde estava a cabeça), correndo a linha pelo corpo do camarão e amarrando-o na parte mais fina (cauda).

Iscado em filés, o camarão é cortado ao meio (após retirada a casca), rendendo pelo menos 2 iscas.


Artimanha de fuga

Quando fisgada, a betara tenta se livrar do anzol com arrancadas para trás ou para frente, afrouxando a linha.

Portanto, não se deve dar folga à linha em nenhum momento da briga.

Fique atento: se a linha que está esticada durante a espera ficar frouxa de repente, é provável que a responsável seja uma betara.

Não hesite em conferir e fisgar.

 

NOVA TÉCNICA PARA PESCA DE PRAIA

Um sistema que tem trazido bons resultados, inclusive na captura de grandes betaras, é o uso do chicote tipo “Carolina Rig” em conjunto da minhoca Swamp Crowler.
Após efetuar o lançamento, movimente apenas a mão que segura a vara de 3 ou 4 toques curtos para trás e em seguida enrole o excesso da linha. Faça isso até sentir o tranco ou corrida na linha; ao sentir, fisgue com vontade, pois com certeza a betara estará com a minhoca dentro da boca.

Em alguns estados o pessoal está usando a minhoca de praia em pedaços e usando essência atrativa de camarão para aguçar ainda mais os predadores.

 

(Fonte: site pescanapraia.com)