A pesca de praia, também conhecida como surfcasting, é uma das modalidades mais tradicionais e com maior número de adeptos no Brasil; possui fatores como uma faixa litorânea com 7.367 km de extensão, que cobre desde o Amapá até o Rio Grande do Sul, com uma das mais ricas biodiversidades do planeta, permitindo que utilizando um simples equipamento o pescador possa praticar essa modalidade.

Outro fator que contribui com o número de simpatizantes é o baixo custo comparando-se às modalidades que necessitam de uma embarcação, sem falar da tranquilidade e segurança de ficar em terra firme. Assim, essa modalidade abrange todos as faixas etárias, tanto para a pesca de lazer ou competições.

Algumas modalides do surfcasting:

1 – LIG LIG

A mais tradicional e simples técnica de pesca de praia praticada ao longo do nosso litoral consiste na pescaria onde o indivíduo entra na água em uma profundidade que possa alcançar a cintura. É importante lembrar que é necessário que o mar esteja calmo e sem forte correnteza para uma pescaria segura.
Os equipamentos são bastante simples e encontrados com muita facilidade em qualquer loja de pesca. Pode-se utilizar varas telescópicas sem passadores, entre 3m a 7m que são mais leves, como também as eficientes varas de bambu, com medidas menores devido ao peso, e que durante muito tempo foram empregadas na atividade.
Podemos usar com chumbo de até 20g para pesca no fundo no buraco, ou boias para meia água com linha monofilamento até linha 0.35m, anzol maruseigo tamanhos entre 10 e 16.
Nessa modalidade o objetivo é a captura de peixes de pequeno e médio porte, entre eles carapicu (escrivão), cocoroca, maria luisa (roncador), papa-terra (betara), pampos e marimbá.

2 – LINHA DE MÃO

É também uma modalidade onde o indivíduo entra na água, em uma profundidade que possa alcançar a cintura, para fazer seus arremessos.
Os equipamentos utilizados são bastantes rústicos, podendo ser utilizado desde uma simples garrafa pet, uma lata de leite ou um manonete, simples e encontrados com muita facilidade em qualquer loja de pesca. Pode-se utilizar varas telescópicas sem passadores, entre 3m a 7m que são mais leves, como também as eficientes varas de bambu, com medidas menores devido ao peso, e que durante muito tempo foram empregadas na atividade.
Podemos usar chumbo de até 20g para pesca no fundo no buraco, ou boias para meia água, com linha monofilamento até 0.35mm, e anzol maruseigo tamanhos entre 10 e 16.
Nessa modalidade o objetivo é a captura de peixes de pequeno e médio porte, entre eles carapicu (escrivão), cocoroca, maria luisa (roncador), papa-terra (betara), pampos e marimbá.

3 – BEIRA OU FRENTE

Essa modalidade é ideal para iniciantes. Nela você pode usar um equipamento de baixo custo e com arremessos curtos para obter bons resultados, principalmente em praias de tombo onde o canal quebra ondas é muito próximo da faixa de arreia. Nesse local podemos encontrar até peixes de grande porte, como o robalo e corvina, por exemplo. A incidência de espécies de pequeno e médio porte é predominante, mesmo assim com equipamento leve a briga é boa e podemos destacar exemplares da espécie pampo, carapicu (escrivão), cocoroca, roncador (maria luiza).
Na técnica de pesca de beira ou frente, como ficou conhecida entre os praticantes, são efetuados arremessos de até 50m em praias de baixa profundidade; já em lugares com maior profundidade a distância pode diminuir. Muitas vezes lançamos a uma distância maior e aos poucos vamos recolhendo até trancar no buraco. Como ponto de destaque nas capturas, outra dica importante é efetuar arremessos suaves para garantir a integridade da isca ao sofrer o impacto com a água.

O conjunto ideal consiste em varas (telescópica ou de três partes) entre 3.60m e 3.90m, molinetes long cast 3000 e 4000, chumbos de até 70g, linhas entre 0.18mm e 0.25mm, arranque progressivo e chicote no máximo até 0.50mm.
O grande segredo para todas as modalidades é um anzol de boa qualidade, em especial os modelos japoneses da Gamakatsu e Owner, como o Akita, nos tamanhos 03, 3.5, 4.0 e 5,0 empatados com nylon ou fluorocarbon até 0.50mm.

4 – MEIA ÁGUA

A técnica consiste em uma pescaria, como já diz o nome, meia força, de intensidade média, com arremessos de médio alcance, na faixa entre 60 até 100m.
Muito empregada na pesca de lazer e competições para peixes de médio porte como papa-terra (betara), parati arpão, parati gato, bagre, baiacu, pampo, entre outros.

Para proporcionar arremessos maiores que a pesca de frente os equipamentos também precisam ter uma performance superior. Recomenda-se o uso de varas (telescópica ou de três partes) tubulares ou com ponta híbrida de 3.90m e 4.20m com um casting de até 150g, molinetes long cast 4000 e 5000, chumbo de modelo pirâmide ou capela dentro da capacidade da vara, linhas entre 0.16mm, 0.18mm e 0,20mm, arranque progressivo e chicote até 0.52mm.
Anzol Gamakatsu modelo Maruseigo, Akita ou Mikoshi Unagui, nos tamanhos entre 09, 12, 14, e 16 empatados com nylon ou fluorocarbon 0.45mm ou 0.50mm.

5 – FORA OU FUNDO

Esta é a técnica de pesca de praia que requer maior habilidade do pescador, pois é necessário alcançar longas distâncias que podem superar até 200m e evitar a perda da isca durante o arremesso. Os modos mais eficientes de efetuar os arremessos são Off the Ground (OTG), Estilo e Machadada.

Atenção, tome cuidado ao efetuar esses arremessos, pois pode danificar a vara por conta da estilingada. Ideal para a captura de papa-terra (betara), corvina, burriquete, miraguaia, pampo, entre outros.

Recomenda-se o uso de varas (três partes) tubulares ou com ponta híbrida de 4.20m a 4.50m com um casting de até 250g, chumbo de modelo pirâmide, capela e cometa dentro da capacidade da vara, molinetes long cast 5000, linhas entre 0.20mm, 0.22mm e 0.25mm, arranque progressivo e chicote até 0.62mm.

Anzol Gamakatsu, modelo Maruseigo, e Mikoshi Unagui entre 12, 14, e 16 empatados com nylon ou fluorocarbon 0.50mm.

6 – NAGE SURF

Essa modalidade de pesca de praia leve foi desenvolvida no Japão para captura de pequenos exemplares, como peixe rei, carapicu (escrivão) e sardinha. O conjunto é formado por equipamentos padrões, como varas de 4.20m e molinetes long cast, utilizando um sistema de chicote semelhante a um sabiki com até dez anzóis. Utiliza-se minhoca de praia ou camarão como isca. Outra característica peculiar entre as demais modalidades é o recolhimento lento e contínuo, assim a isca se torna mais atrativa para o peixe por estar sempre em movimento.

7 – BEACH LEDGERING

Muito praticada no sul da Itália, França, Espanha e Portugal, destaca-se pela leveza nos equipamentos que garante uma bela briga com o peixe. Utiliza molinetes long cast tamanho 3000, varas de até 4m que permitem a troca de ponteiras com ação média e rápida. O melhor local para prática dessa modalidade são praias abrigadas com mar calmo e baixa correnteza para efetuar arremessos de até 100m com chumbadas leves, de preferência. Ideal para captura de peixes como carapicu (escrivão), papa-terra (betara), pampo, parati, marimbá, entre outros.

Fonte: Papa Siri